segunda-feira, 24 de maio de 2010

Sven

O réu é acusado de... De que mesmo? Sven não presta muita atenção ao caso. Por alguma razão os relâmpagos lá fora o distraem. Ele sente a estática no ar e se pergunta se está sonhando. É um dia diferente, sem dúvidas.

- Meritíssimo, protesto! – Sven titubeia em pensamento, se deve ou não conceder o pedido, mas uma comoção tem início e, como se já fosse automático, ele bate seu martelo contra a mesa. A batida é seguida por um trovão.

Sven pisa em um arco-íris fulgorante. Está em Asgaard. Está certo disso. Assim como sabe que está acordado, nunca antes se sentiu tão desperto. Vê uma torre à sua frente, que se eleva rasgando os céus, talhada em ouro e marfim, com uma estrela brilhando na ponta. Uma porta dourada o aguarda e a chave está em sua mão esquerda - na direita ele carrega seu malhete. Por dentro o lugar é igualmente fascinante - Einherjars mecânicos representam eternamente suas batalhas, Valquírias de luz translúcidas bailam pelos salões e por vezes os grandes Aesires podem ser vistos.

Sua intuição o leva até um salão, onde encontra uma imensa estátua de Thor. Com seu martelo de madeira golpeia o Mjolnir e o maior dos estrondo que já ouviu soa pela torre e por todo o abismo que cruzara na efêmera Bifrost. Seu instrumento está carregado de eletricidade. Sven o aponta para uma placa dourada, ao pé da estátua e um raio é disparado marcando seu nome entre os grandes.

O Juiz bate o martelo uma ultima vez, um trovão ribombeia no mesmo instante. O som da batida se mescla ao do trovão e ecoam pelo tribunal como um só. Um silêncio se abate e autoridade do Juiz se impõe para o resguardo da ordem local.